Módulo 2 - Teoria do Design
AULA 1
1. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DESIGN
1.1 - A revolução industrial
Fonte: https://prezi.com/zomzvfoxm5wi/m2-teoria-do-design-a-revolucao-industrial/
Na segunda metade do séc.XVIII a revolução industrial usou os acontecimentos em Inglaterra e depois no resto do mundo. Eis alguns factores que influenciaram o ambiente das cidades e do território:
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Aumento da população (baixa taxa mortalidade, aumento duração média de vida passa dos 35 para os 50 anos, maior número de jovens)
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Aumento dos bens e serviços
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Redistribuição dos habitantes no território (em consequência do aumento demográfico e das transformações na produção)
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Desenvolvimento dos meios de comunicação (estradas construídas com novos métodos, canais navegáveis, vias férreas introduzidas em 1825, navios a vapor que começam a substituir os de vela)
Nova face das cidades
A invenção da máquina a vapor constituiu um desenvolvimento da humanidade.
Esta operou transformações significativas, sobretudo ao nível dos transportes e da industria.
A máquina a vapor surge em 1690, mas foi apenas 70 anos depois que James Watt desenvolveu o modelo que haveria de mudar o mundo.
DEFINIÇÃO (Revolução Industrial)
Série de progressos tecnológicos que assimilam a alteração de um processo artesanal de fabrico para um mecanizado ou industrializado.
1ª FASE
Aparecimento da máquina a vapor.
Desenvolvimento da industria têxtil (algodão)
Desenvolvimento da metalurgia.
2ª FASE
Novas fontes de energia: hulha (carvão mineral), eletricidade e petróleo
CONSEQUÊNCIAS
Socio-culturais
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Abandono do meio rural para o urbano
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Explosão demográfica
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Falta de planeamento na urbanização
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Mão-de-obra acessível e barata
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Exploração das condições de trabalho
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Aparecimento de nova classe - proletariado
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Alargamento de mercados
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Intensificação da actividade comercial
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Desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação
Artístico-culturais
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Produção artesanal para as elites
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Produção industrial para as massas
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Trabalho monotono e repetitivo
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Alienação na criatividade
Produção
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Produção em série (serialização)
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Massificação de produtos
A revolução industrial e o Design
Fonte: http://multimedicasdoidjv.blogspot.pt/p/teoria-do-design.html
O Design surgiu durante a revolução industrial devido a necessidade de planeamento e projecto da produção, para criação de modelos e como base para o desenvolvimento em série. Estava claro que a divisão de tarefas permitia acelerar a produção através de uma economia de tempo gasto em cada etapa. Separando os processos de concepção e execução, eliminava-se a necessidade de empregar trabalhadores com um alto grau de capacitação técnica.
Em vez de contratar muitos artesãos habilitados, bastava um bom designer para gerar o projecto. Assim, a produção em série a partir de um projecto representava para o fabricante uma economia não somente de tempo, mas também de dinheiro.
Os aumentos obtidos no volume produzido durante o século XIX, devem-se ao Design, que reorganizou e racionalizou os métodos de fabricação e de distribuição quanto à introdução de novas tecnologias.
Para ver
Este filme reflecte o tema da stantartização e da repetição em serie, iniciada na epoca da revolução industrial.
A Arquitetura de Engenheiros
Com a necessidade de criar grandes edifícios, espaçosos e iluminados, e outras estruturas, como as pontes, o ferro e o vidro foram os materiais mais adequados dado o seu desenvolvimento.
Assim, ficou para a arquitetura do ferro o papel de representar, nalguns aspectos, a inovação e criatividade.
A Arquitectura do Ferro
As construções desta época respondem, não só às novas necessidades, como à melhoria das então existentes:
- Fábricas
- Mercados
- Armazéns comerciais
- Estações
- Estufas
- Pavilhões
- Pontes
tendo-se dado pouca importância às condições de vida nas cidades, que assistiram a uma explosão demográfica, sobretudo a dos operários fabris.
O século XIX também vê surgirem as grandes exposições nacionais e mundiais, dada a necessidade de divulgar os novos produtos e as novas técnicas:
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1851 - Exposição Internacional de Londres (Cristal Palace)
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1855 - Exposição Internacional de Paris
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1865 - Exposição Internacional do Porto (Palácio de Cristal)
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1889 - Exposição Internacional de Paris (Torre Eiffel)
CRISTAL PALACE - Londres 1851
Este edifício foi construído para a primeira exposição internacional, sob o projecto de Joseph Paxton, onde apresentou características inovadoras:
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estrutura de ferro e vidro
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montagem rápida para posterior desmontagem
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módulos estandardizados
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sistemas de climatização
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breves elementos decorativos
Peças em exposição na exposição de Londres - 1851
Michel Thornet - Primeira exposição dos modelos da nova mobília, na Grande Exposição de Londres. Garantindo uma medalha de ouro a família, pelo novo conceito aplicado aos mobiliários.
Cadeira nº14
Apresenta um novo modelo, cadeira de madeira com apenas seis peças, (revolucionando a indústria de mobiliários) seguindo o princípio e a padronização de arqueação e produção em série, sem perder a linguagem de forma simples e a qualidade estética, possibilitando fácil transporte; Pois em um metro cúbico cabia cerca de 36 cadeiras
TORRE EIFFEL - Paris 1889
Esta obra, sem utilidade aparente, construída para a grande exposição mundial de Paris (que representaria o triunfo do ferro), sob o projecto de Gustave Eiffel, tem como características:
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altura de cerca de 300 metros
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aerodinamismo (resistente aos ventos)
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estrutura baseada na das pontes
ARQUITETURA DO FERRO EM PORTUGAL
Portugal também acompanhou, obviamente, a evolução tecnológica com a aplicação deste novo material que, talvez por influência da comunidade inglesa, incidiram mais no Porto, em obras ainda hoje existentes:
PALÁCIO DE CRISTAL - Porto, 1865
O Palácio de Cristal, da autoria do arquitecto inglês Thomas Dillen Jones, foi construído em granito, ferro e vidro, tendo o Crystal Palace londrino por modelo. Media 150 metros de comprimento por 72 metros de largura e era dividido em três naves.
Inaugurado em 1865, o Palácio de Cristal original acabou por ser demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos, hoje Pavilhão Rosa Mota.
PONTE D. MARIA PIA - Porto, 1877
A Ponte D. Maria Pia (em honra à mulher do Rei, Luis I, Maria Pia de Saboia), foi um dos três projetos mais importante de Gustave Eiffel, destinado à ligação ferroviária entre a capital e a cidade do Porto.
Possuí um único arco de 160 metros de comprimento e tem 61 metros de altura.
Foi inaugurada em 4 de Novembro de 1877 e foi encerrada em 24 de Junho de 1991, tendo sido substituída pela Ponte de São João.
MERCADO FERREIRA BORGES - Porto, 1885
Construído em 1885 para substituir o já velho Mercado da Ribeira, apesar de nunca ter cumprido as funções para as quais foi originalmente destinado, em virtude da reticência dos negociantes em deixar o mercado anterior, o Mercado Ferreira Borges é hoje utilizado para exposições e feiras de âmbito cultural.
PONTE D. LUÍS I - Porto, 1886
Projectada pelo Eng.º Teófilo Seyrig, discípulo de Eiffel, inaugurada em 1886, é constituída por dois tabuleiros em ferro sobrepostos.
Tem 395 metros de comprimento e 8 de largura, sendo o seu arco ainda hoje considerado o maior arco do mundo em ferro forjado.
Actualmente o tabuleiro superior é ocupado por uma das linhas do Metro do Grande Porto, ligando a zona da Catedral no Porto, ao Jardim do Morro e à Avenida da Républica em Vila Nova de Gaia.
ELEVADOR DE SANTA JUSTA - Lisboa, 1901
O Elevador de Santa Justa é a obra em ferro mais importante de Lisboa, tendo o seu autor o engenheiro francês Paoul Mesnier, optando pela utilização de elementos decorativos de inspiração gótica.
Actividade nº1 - Publicação no blog pessoal 11/nov
1. Indique os factores que influenciaram as cidades e o território, na segunda metade do século XVIII
2. Indique quem foi o responsável pela invenção da máquina a vapor e onde esta invenção teve as transformações mais significativas.
3. Defina o que foi a revolução industrial do século XVIII.
4. Indique quais foram os aspectos mais importantes nas 2 fases da revolução industrial.
5. Apresente algumas consequência que a revolução industrial trouxe para para as áreas da sócio-cultura, artístico-cultura e produção.
6. Qual foi a influência que teve o aparecimento do design durante a revolução industrial?
7. O que entende por arquitetura do ferro?
8. Apresente, com o recurso a imagens/fotos, as mais importantes obras que surgiram nacos as exposições internacionais de Londres (1851), Porto (1886), Barcelona (1888), e Paris (1889).
9. Qual uma razão para a Exposição Internacional em Portugal ter ocorrido no Porto em vez de ser na capital Lisboa?
AULA 2
2. O MOVIMENTO "ARTES E OFÍCIO"
2.1 - Contextualização histórica do movimento
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=yGjzJVgTCNE
Entre os séculos XVIII e XIX, a revolução industrial provocou uma série de mudanças sociais e tecnológicas.
Esse evento alterou o modo de execução de produtos que era tão forte na época medieval: O PROCESSO ARTESANAL.
GUILDAS
As Guildas eram oficinas onde os artesãos trabalhavam e aprendiam o ofício com os mestres, já produzindo durante o processo.
Esse modo de construção era bastante lento comparado ao processo mecanizado das fábricas, que agora dominavam o cenário produtivo.
FÁBRICAS
Nas fábricas as tarefas eram divididas, tendo como consequência a falta de capacitação adequada aos trabalhadores, uma vez que a produção era fragmentada.
Eles só eram responsáveis por uma parte da construção do produto e não entendiam o processo como um todo.
Esta mecanização também facilitou a produção em larga escala, que reduzia o preço dos produtos, embora causasse uma baixa da qualidade das mercadorias.
No entanto, possibilitava a compra desses produtos, por parte de uma classe economicamente mais desfavorecida.
O DESIGNER
O sistema de divisão do trabalho e a consequente separação dos processos de criação e construção culminaram na origem da profissão de designer.
Apesar de toda a inovação e desenvolvimento, os pontos negativos desse processo industrial, como a qualidade duvidosa e o padrão estético repetitivo dos modelos de outras épocas, foram percebidos por alguns nomes:
AUGUSTUS WELBY PUGIN. JOHN RUSKIN WILLIAM MORRIS
Assim, na segunda metade do século XVIII surge, na Inglaterra, o movimento estético "Arts & Crafts"
Este movimento defendia a união do artesanato ao industrial, idealizando um novo modelo de estética, de forma a melhorar a qualidade e dar individualidade aos produtos.
Exemplos de alguns objectos:
Nessa época também, o consumo passa a ser relacionado ao prazer, e os ricos queriam-se destacar comprando produtos diferentes e mais caros que os das classes economicamente inferiores. Inicia-se o gosto pela ostentação e pelo luxo.
O Arts & Crafts defendia o artesanato criativo em oposição à produção em série e tentava aproximar, sem distinções, o artista e o artesão.
Durante o movimento foram criadas associações de artistas, com o objetivo de fazer um trabalho conjunto.
Este novo método fornecia qualidade ao material, alto grau de acabamento e exigia um profundo conhecimento do ofício.
O movimento não era contra o uso das máquinas, mas buscavam restringir o seu uso até ao limite máximo que ela poderia executar com perfeição.
WILLIAM MORRIS
O principal líder do movimento, associando as ideias de Ruskin e Pugin, idealiza também uma nova concepção de consumo, o de pagar mais por produtos de mais qualidade.
Mas as idéias de William Morris acabariam por constituir o movimento das artes e ofícios, que exerceu uma grande influência no moderno desenho industrial. Foi com esse movimento que se estabeleceu a prática de os artistas desenharem objectos para a produção em série pela indústria.
OWEN JONES - The grammar of ornament
Neste período é publicado também o "The grammar of ornament" por Owen Jones, que mostrava um repertório de ornamentos, o primeiro impresso a cores, graças aos avanços das técnicas de impressão litográfica.
As maiores produções desse estilo estético estavam voltadas principalmente para a criação de estampas de formas da natureza para tecidos, papéis de parede e mobiliário com traços industriais e artesanais.
O movimento Arts & Crafts deu origem a inúmeros ateliers artesanais, e influenciou outros movimentos como Art Nouveau e Bauhaus.
A reter:
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Surge na Inglaterra no século XIX
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Colaboração entre a arte e a industria artesanal
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1835 criação das escolas de desenho
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John Ruskin - volta a tradição artesanal da idade média
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William Morris - renovação da tradição artesanal
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Temia a vulgarização dos objectos
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A revolução industrial criou definitivamente uma nova realidade
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Arts & Crafts Movement (Movimento Artes e Ofícios)
Actividade nº2 - Publicação no blog pessoal até 18/nov
1. Como era o processo de produção de produtos antes da revolução industrial?
2. Quais as principais diferenças entre as "guildas" e as "fábricas"?
3. Indique as vantagens e desvantagens da produção de produtos em fábricas?
4. Qual a razão que esteve na origem da profissão de designer?
5. Qual o movimento que defendia a produção com a união do artesanato ao industrial?
6. O que entende por "movimento das artes do ofício"?
7. Este movimento (Arts & Crafts) era oposto ao uso de máquinas na produção de artigos? Justifique a sua resposta.
8. Qual o papel de William Morris no movimento das artes e do ofício?
9. Quem foi o responsável pela publicação do "The Grammar Ornament"?
10. De que forma esta publicação do "The Grammar Ornament" veio influenciar o movimento das artes e do ofício?
11. Quais os tipos de produções que eram feitas com este estilo estético "The Grammar Ornament"?
AULA 3
3. ART NOUVEAU
3.1 - Contextualização histórica do movimento
Art Nouveau, ou Arte Nova, teve origem no movimento inglês Arts & Crafts, e surgiu em 1890.
Foi adoptada por diversos países europeus, perdurando até ao início da primeira Guerra Mundial:
- Alemanha - Jugendsti (estilo jovem)
- Austria - Sezessionsstil
- Itália - Stile Liberty
- Espanha - Modernista
- França - Style Moderne
Em qualquer lugar o movimento era facilmente identificado pelos seus elementos marcantes, tais como, curvas e linhas sinuosas entrelaçadas como trepadeiras.
Arts & Crafts vs. Art Nouveau
Art Nouveau não tinha intenção de contestar a industria, mas sim de contrapôr-se à estética pobre dos produtos por ela produzidos.
O Cimento, o Ferro e o Vidro
Floresceu como estilo decorativo, baseado em motivos florais, com formas retorcidas e orgânicas.
Lançou mão dos novos materiais disponíveis no mundo moderno, tais como o cimento, ferro e vidro.
Criou a sua própria estética, influenciando as artes aplicadas, tais como a cerâmica, a tipografia, a joalharia, os vitrais, a tapeçaria, o ferro forjado trabalhado, o mobiliário e até mesmo a arquitetura.
ANTONI GAUDI (1852-1926)
famoso arquiteto catalão e figura de ponta do Modernismo catalão. As obras de Gaudi revelam um estilo único e individual e estão em sua maioria na cidade de Barcelona.
Grande parte da obra de Gaudi é marcada pelas suas grandes paixões: arquitetura, natureza e religião. Gaudi dedicava atenção aos mais ínfimos detalhes de cada uma das suas obras, incorporando nelas uma série de ofícios que dominava: cerâmica, vitral, ferro forjado e marcenaria.
Gaudi raramente desenhava projetos detalhados, preferindo a criação de maquetes e modelava os detalhes à medida que os concebia.
As grande obras de Antoni Gaudí
La Sagrada Família
Começou a construção em 1883,utilizando modelos tri-dimensionais em escala moldados pela gravidade.
Gaudí morreu antes de ver a sua obra concluída.
De acordo com os seus responsáveis, a está prevista terminar em 1926, aquando do centenário da morte de Antoni Gaudí.
La Pedrera - Casa Milà
Construída entre 1906 e 1912, foi encomendada por Pere Milà, por ocasião do se casamento com Roser Segimon.
A Casa Milà, também conhecida como La Pedrera, que em catalão significa A Pedreira.
Casa Batlló
Josep Batlló num primeiro momento pediu a Gaudí para destruir o edifício e reconstruí-lo inteiramente. Mas Gaudí convenceu-o a realizar apenas uma transformação na fachada do prédio.
Entretanto a intervenção do arquiteto remodelou em profundidade o edifício. Ele reorganizou os espaços, desenvolveu a iluminação e a ventilação natural, adicionou dois andares, e remodelou o terraço.
Park Guell
O Parque Güell é um reflexo da plenitude artística de Gaudí; pertence à sua etapa naturalista (década de 1900), período no qual o arquiteto catalão aperfeiçoou o seu estilo pessoal, inspirando-se nas formas orgânicas da natureza e pondo em prática uma série de novas soluções estruturais originadas na sua análise da geometria regrada.
Art Nouveau: a unidade das artes
Fonte: http://gurpodeartes.blogspot.pt
De modo geral, o Art Nouveau procurou preservar o contato do artista com a natureza e desenvolver um artesanato habilidoso. Os pintores, escultores e arquitetos ligados a esse estilo tentaram escapar do crescente modo de produção industrial e procuraram criar peças e materiais construtivos, recorrendo aos processos artesanais.
A principal conquista do Art Nouveau, porém, foi promover uma verdadeira unidade das artes. Desse modo, os móveis, os objetos do dia-a-dia e o próprio edifício passaram a ser criados a partir de uma mesma tendência decorativa.
Contribuição da Art Nouveau
Fonte: Wikipedia
Walter Crane
Foi membro do Arts and Crafts, tendo exercido grande influência sobre o design gráfico e ilustração. Crane também é conhecido pelas suas ilustrações para livros infantis, como é o exemplo da ilustração "A Bela e a Fera"
Mas desenhou também motivos para tecidos, tapetes azulejos, vitrais, cerâmica e papel de parede.
Kate Greenaway
Fez desenhos para cartões do Dia dos Namorados que se tornaram muito famosos e renderam-lhe grande sucesso comercial. Mais seu trabalho artístico de maior reconhecimento foram as ilustrações para livros e contos infantis.
Charles Remnie Mackiniosh
Deu nova direção a esse estilo, tomando suas linhas mais retilíneas e simétricas. Exemplo disso é a decoração do Salão de Chá Willow. Este salão, que se encontra num edifício inteiramente projetado por esse arquiteto e constuído entre 1901 e 1904, teve como modelo de seus elementos decorativos a folha do salgueiro (willow, em inglês),
Uma peça especialmente famosa de Mackintosh é a porta dupla que projetou para esse mesmo salão, em madeira pintada e vidro colorido.
Actividade nº3 - Publicação no blog pessoal até 22/nov
1. Qual foi o movimento anterior de onde surgiu o movimento Art Nouveau?
2. Qual a diferença entre os movimentos "Arts & Crafts" e "Art Nouveau"?
3. Indique quais foram os novos materiais da era moderna lançados pela Art Nouveau.
4. Além dos trabalhos apresentados na aula sobre Antoni Gaudí, apresente alguns trabalhos de mobiliário também desenvolvidos por Gaudí. Complemente com as imagens desses trabalhos.
5. Comente a seguinte a afirmação: "Art Nouveau a união das artes".
6. Indique alguns nomes de pessoas que contribuíram para a Art Nouveau, além das personalidades estudadas na aula. Complemente com imagens.
AULA 4
4. Art Decó
Fonte: http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/art_deco.htm
4.1 Definição
Art Déco é um estilo artístico de caráter decorativo que surgiu na Europa na década de 1920, atingindo os Estados Unidos e outros países do mundo na década de 1930. Este estilo esteve presente na arquitetura, design industrial, mobiliário, moda e decoração.
4.2 História
A Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, ocorrida em 1925 em Paris, pode ser considerada o auge da Art Déco.
Num primeiro momento (década de 1920) seguiu um estilo mais luxuoso, com uso de materiais como, por exemplo, marfim e jade. Nesta fase, a Art Decó ficou muito ligada aos anseios artísticos e culturais da burguesia europeia.
No final da década de 1920, quando ganha força nos Estados Unidos, a Art Déco vai para o caminho do design industrial, utilizando-se de materiais que possibilitam a produção em larga escala. Este aspecto fez a Art Déco chegar a grande parte do povo, invadindo a vida quotidiana.
4.3 Origem do nome
Art Decó é uma expressão francesa, abreviação de arts décoratifs (arte decorativa).
4.4 Características principais:
- Linhas circulares ou retas estilizadas;
- Uso de formas geométricas;
- Design abstrato;
- Formas femininas e animais são as mais trabalhadas;
- Influências do construtivismo, futurismo e cubismo;
- Presença marcante na Arquitetura.
4.5 Artistas importantes da Art Déco:
- Ernst Ludwig Kirchner (pintor alemão)
- Paul Poiret (estilista e decorador francês)
- Sonia Delaunay (estilista francesa)
- William Van Alen (arquiteto norte-americano)
- Maurice Ascalon (designer industrial húngaro)
- Walter Gropius (arquiteto alemão)
- Joost Schmidt (designer gráfico alemão)
4.6 Art Decó nas várias vertentes
Art Decó na pintura
Art Decó no Design Gráfico
Art Decó no Design Gráfico/Tipografia
Art Decó na Arquitectura
Art Decó no Design Interiores
Art Decó no Design Produtos
Actividade nº4 - Publicação no blog pessoal até 25/nov
1. Entre que anos está presente a Art Decó?
2. O que entendes por Art Decó?
3. Houve uma determinada altura em que se considera o momento alto do movimento Art Decó. Indique qual foi.
4. Explique como é que a Art Decó chega até grande parte do povo, invadindo o seu quotidiano.
5. Onde tem origem o nome Art Decó?
6. Quais as principais características do movimento Art Decó?
7. Além dos artistas importantes da Art Decó que foram referidos na aula, indique outros.
8. Em que vertentes estão presentes o movimento Art Decó? Apresente imagens de cada uma dessas vertentes.
AULA 5
4. Deutscher werkbund
Fonte: https://prezi.com/hei84af7mg8a/m2-teoria-do-design-deutscher-werkbund/
5.1 As origens
Em 1896, a Alemanha coloca na sua embaixada em Londres o arquitecto Herman Muthesius, com o fim de
estudar a planificação urbana e a política habitacional inglesa, nomeadamente quanto à simplicidade e funcionalidade das mesmas - Um pouco no papel de espião.
Quando regressa à Alemanha, leva o gosto pela simplicidade e pela funcionalidade, não só na arquitectura, mas como filosofia de todos os ofícios, indo superintender as escolas de artes e ofícios.
Projecto, concepção e construção – os alunos projectam e produzem nas oficinas.
Convence industriais, engenheiros e artesãos a unirem-se estrategicamente numa associação, tendo em vista melhorar as qualidades estéticas e operativas dos futuros objectos produzidos na Alemanha.
A posição tomada pela Alemanha, em melhorar a qualidade formal e técnica dos produtos, deve-se à desvantagem que a Alemanha tinha em não dispor de matérias primas, tendo de competir ao nível da concepção e produção de objectos industriais.
A Alemanha vai desta forma ganhar ascendente sobre a Inglaterra na produção industrial.
A origem
Fundada em 1907 por um grupo de designers e arquitectos que tinham estado ligados ao Jugendstil, incluindo Henry van de Velde, Peter Behrens, J. Hoffmann, J. Olbrich, entre outros, a Deutscher Werkbund (Associação de Trabalhadores Alemães) é fortemente influenciada pelas ideias reformistas de William Morris e do Arts and Crafts.
A Deutscher Werkbund vai operar a síntese entre arte, artesanato e produção industrial.
Peter Behrens é o primeiro designer industrial, artista, pintor, arquitecto e designer. Nos primeiros anos do séc. foi director da Escola de Artes e Ofícios de Dusseldorf. Vai estar também ligado à AEG, onde projecta as instalações da fábrica, protótipos dos electrodomésticos, direcção do gabinete de publicidade, sendo dos primeiros a trabalhar a ideia de imagem de empresa – imagem corporativa.
Henry Van de Velde – Arquitecto belga, ligado à arte nova, vai para a Alemanha e torna-se membro da Werkbund. Desde 1902 em Weimar, incrementa a criatividade artística dos artesãos e industriais da cidade. Forma uma oficina de consulta para industriais e artesãos que se vai tornar mais tarde em escola pública e para cuja direcção propõe Walter Gropius, também ele membro da Werkbund.
Características
Fonte: http://arterusso.net/assets/textos/tdg_pioneiros_design.pdf
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Aceitação plena da máquina na produção em série.
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Conhecimento dos materiais e técnicas como forma de atingir a qualidade
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Recusa da imitações
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Moralização do trabalho, restabelecendo o prazer pelo trabalho
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A beleza do objecto assenta na sua funcionalidade e simplicidade
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Evitar a ornamentação
Definição
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=OlAg37DQXeg
É a associação Alemã de artesãos, fundada em 1907. A sua finalidade era o aperfeiçoamento do trabalho profissional em cooperação com a arte, indústria, artesanato, educação e publicidade.
Defendia que o artesanato e a indústria deviam unir-se, conseguindo que o design se junta-se à produção mecânica.
Procurava-se a beleza dos objectos funcionalidade e na simplicidade das formas, em detrimento da ornamentação.
O grupo divide-se em 2 frações
Uma defendia a estandardização e a tipificação dos produtos(dirigida por Muthesius), a eliminação de todo o ornamento, o desprendimento da unidade artística e a forma-função.
A outra (dirigida por Henry Van de Velde) que dava lugar à à primazia da expressão individual.
Ao nível do discurso, Peter Behrens tentava situar-se entre os dois extremos, mas os seus trabalhos inclinavam-se a seguir Muthesius.
A máquina é finalmente reconhecida como uma ferramenta útil para o processo de fabrico artístico
A Deutsche Werkbund entrega a arte à indústria, demonstrando que era possível atingir um grande nível de qualidade numa produção em série.
Profissão "Designer Industrial"
Nasceu o design industrial e, com este, a profissão de designer industrial. Peter Behrens foi o primeiro designer industrial
AEG e a imagem corporativa
Esta empresa encomendou a Peter Behrens o projeto dos seus produtos e também da sua imagem gráfica e arquitectónica. Peter Behrens conseguiu formar pela primeira vez uma coerente imagem corporativa de empresa.
O declínio da Deutscher Werkbund
A fragilidade da Deutscher Werkbund acentuou-se com a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, deixando a Deutscher Werkbund definitivamente abalada.
Os seus membros tiveram necessidade de voltar a procurar as suas raízes no artesanato. Assim Walter Gropius funda a Bauhaus, escola constituída pela nata intelectual da Alemanha e aplicada às sua teorias a linguagem do mundo: industrializar, produzir em série.
Actividade nº5 - Publicação no blog pessoal até 2/Dez
1. Explique como é que a Alemanha conseguiu ganhar ascendente sobre a Inglaterra na produção industrial.
2. A Deutscher Werkbund é influenciada por algumas ideias ou movimentos anteriores? Se sim, indique quais.
3. Qual o fundamento principal em que se baseava a Deutscher Werkbund?
4. Indique quais foram as características principais que marcaram a Deutscher Werkbund.
5. Havia consenso dentro da Deutscher Werkbund por parte de todos os membros? Justifique a sua resposta.
6. Qual a empresa alemã que adoptou a imagem corporativa?
7. Quem foi o primeiro designer industrial e quais as suas principais obras? Acompanhe com imagens.
8. Explique como surge o "desaparecimento" da Deutscher Werkbund.
AULA 6
6. Bauhaus
Fontes: https://prezi.com/vhqwgurekwbp/m2-teoria-do-design-bauhaus/
As origens
As origens da Bauhaus assentam-se na evolução artística verificada desde a revolução industrial e a reacção do Arts & Crafts até à Deutscher Werkbund.
No entanto devem-se evidenciar três importantes influências:
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Ashbee - formação dos alunos em oficinas de aprendizagem
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Van de Velde - individualização do acto criativo do aluno
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Behrens - relação do artista criador e a produção industrial
Após a Primeira Grande Guerra, a necessidade de recuperação económica da Alemanha abriu caminho à criação da Bauhaus por Walter Gropius.
A Bauhaus é fundada em 1919 na República de Weimar, surgindo da fusão da Academia Artística (Escola de Belas Artes Grão-Ducal) e da Escola das Artes ( Escola de Artes Aplicadas de Grão-Ducal)
1ª FASE - Weimar (1919-1925)
Director Walter Gropius
Walter Gropius é o fundador e o primeiro director da escola Bauhaus.
Programa Bauhaus - Objectivos:
"Em conjunto, artistas e artesãos deveriam criar a estrutura do futuro"
O MANIFESTO BAUHAUS afirma os seus objectivos, o seu currículo e os requisitos de admissão. Nele é expresso que "o objectivo final de toda a actividade criativa é a estrutura"
Divisa- "Arte e artesanato, uma nova unidade"
Um dos aspectos inovadores da Bauhaus foi, sem dúvida, a pedagogia do duplo sistema de ensino - Mestre da Forma e Mestre Artesão em substituição do termo tradicional de Professor.
Numa fase inicial - EXPRESSIONISTA (Wolf Herzogenrath)
- Produção Artesanal
Numa segunda inicial - FORMAL (Kandinsky, Klee e Theo Van Doesburg)
- Ênfase nas formas e cores elementares
Johannes Itten e Walter Gropius entram em conflito em 1923 o primeiro abandona a Bauhaus.
Itten defendia a autonomia e liberdade do artista e não aceitava o comprometimento com a aceitação de encomendas industriais. É nesta altura que entra para a Bauhaus Moholy Nagy.
OS ATELIERS
Atelier de Tecelagem - Georg Muche
Atelier de Escultura em pedra e madeira - Schemmer e Gropius
Atelier de Metal - Itten (1922) e Moholy Nagy (1923)
Atelier de Vitrais e Pintura Mural - Paul Klee, Josef Albers, Oskar Schemmer e Kandinsky
Atelier de Teatro - Schreyer e Schemmer
Atelier de Tipografia - Feininger
Atelier de Cerâmica - G. Marcks
Atelier de Mobiliário e Carpintaria - Gropius
2ª FASE - Dessau (1925-1932)
Director Walter Gropius (até 1928)
Director Hannes Meyer (1928 a 1930)
Com o encerramento da escola Bauhaus em Weimar (por falta de apoio do governo), contudo a fama dos seus professores era reconhecida e não lhes faltaram locais para se fixar.
A escola deslocou-se para Dessau, cidade industrial que correspondia aos objectivos da escola e que, para além do mais, se debatia com uma grave crise de falta de habitação.
Dessau aceitou construir um edifício novo e alojamentos para alunos e professores.
Walter Gropius vai conceber o edifício sede, bem como outros edifícios da cidade.
"A clareza rigorosa com a qual Gropius isolou as diferentes funções e tentou ilustrar a sua natureza, através de materiais e do design, tornou o edifício Bauhaus um dos mais importantes e com maior influência no séc. XX"
Magdalena Droste
Novo plano de ensino
A Bauhaus de Dessau introduziu um novo plano de ensino que reestruturou os currículos, com a introdução de quatro grandes áreas:
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Arquitetura (privilegiada)
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Propaganda (publicidade)
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Teatro
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Seminário (para criação plástica e pictórica livre)
Estes currículos estão na base dos actuais planos de estudos das universidade e escolas de belas artes.
Mesmo com dificuldade económicas e conflitos internos a Bauhaus afirma uma imagem de fama e de renome internacional.
Em 1928 Gropius demite-se de cargo de director para se dedicar à arquitectura e nomeia Hannes Meyer para o seu lugar.
Atelier de Tipografia e Publicidade - Herbert Bayer
Atelier de Carpintaria e Metal - Marcel Breuer
3ª FASE - Berlim (1932-1933)
Director Van der Roeh
Roeh decide aceitar uma das ofertas para continuar a Bauhaus - a de Berlim - que passa a ser uma escola privada, instalada numa antiga fábrica com o nome - Instituto Superior de Ensino e Pesquisa Técnica.
O programa com duração de sete semestres, tem como objectivo:
"... formar arquitectos que dominem todas as áreas da arquitectura... não meramente a construção em si, mas do design dos interiores até aos tecidos."
No entanto, em Abril de 1933 acusada de actividades subversivas (manipulada pela Gestapo), a escola foi fechada. Foram feitos esforços para a sua reabertura, mas os contratos já estavam perdidos e as forças políticas nada fizeram a seu favor.
Em 20 Julho de 1933 Mies Van der Roeh reune-se com os mestres que aprovam a dissolução da Bauhaus.
Bauhaus - a Revolução dão design
Assista ao filme
Actividade nº6 - Publicação no blog pessoal até 6/Dez
REALIZAÇÃO DE UM FOLHETO DESDOBRAVEL SOBRE UMA EXPOSIÇÃO A REALIZAR NO PALÁCIO CRISTAL SOBRE A BAUHAUS.
DEFINIÇÕES:
1. Realização de uma maqueta, onde defina o formato e as dobras do folheto desdobrável.
Nessa mesma maqueta deverá estudar
A estética da Bauhaus deverá estar presente na proposta gráfica, para isso, deverá realizar uma investigação, para ajudar na definição da sua proposta. Analise com atenção alguns dos exemplos que se seguem:
2. Realização do projeto em adobe Photoshop ou illustrator.
Deverá constar na proposta o local da exposição, datas, nome, patrocínios, uma pequena síntese sobre o tema e imagens que ilustrem os elementos mais importantes em exposição.
3. Se possível realizar uma impressão, por forma a podermos fazer uma leitura mais correta do que seria a proposta final.
AULA 7
7. Funcionalismo e a Escola e Ulm
Fontes: http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/5_funcionalismo.htm
O Funcionalismo
O termo funcionalismo é associado a Louis Sullivan: “a forma segue a função”.
Vida e função em perfeito equilíbrio.
A intenção maior do funcionalismo era ir além das tradições e os estilos históricos como fez a Arte Moderna, mas termina convertendo-se num estilo.
O conceito de funcionalismo foi sistematicamente desenvolvido na teoria e na prática na Escola Superior de Design de Ulm e no movimento chamado "Die Gute Form" (a boa forma) que no português se conhece como "bom design".
A Escola de Ulm
Fundada em 1953 por Inge Aicher- Scholl, Otl Aicher e Max Bill (antigo aluno da Bauhaus)que foi seu primeiro director, a HfG deu continuidade á filosofia da Bauhaus e à filosofía racionalista que caracterizou a primeira metade do século XX, mas inovou na metodologia de ensino.
O “modelo de Ulm” dava-se através de dois processos:
- o pensamento sistemático (objecto prático)
- a discussão lógica (os objectos terem função)
O encerramento da Escola de Ulm (1968)
Na década de 60 a escola forma "grupos de desenvolvimento" para estabelecer ligações com a indústria (Braun, Lufthansa) sob a direção de Dieter Rams. Nestes grupos os alunos da Ulm realizavam projetos que já estavam comprados pelas empresas com as quais desenvolviam as suas pesquisas. Como os projetos eram pagos e a escola recebia subvenções regionais em 1968 o parlamento regional retira o subsídio e a escola fecha.
O Design da Escola de Ulm
A Escola de Ulm caracterizou-se pelo design objetivo e centrado na sua função social.
Tornou-se um estilo na sua extrema funcionalidade que reduzia as formas e as cores a sua mínima expressão: cor cinza perola, textura mate, formas geométricas, acabado fino, estrutura integral.
Mas também inovaram na pesquisa de estruturas espaciais, na criação de patas ajustáveis, objetos empilháveis e sistemas modulares. Pesquisaram e desenvolveram Design com materiais inovadores, desenho ergonômico, versátil e adaptável.
A gama de pesquisa ampliou-se no design de aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos.
Depois da II Guerra Mundial a empresa alemã Braun refaz-se e depois estabelece colaboração com a escola de Ulm. Enquanto isso, em 1949 Max Bill concebe uma exposição itinerante de design chamada “Die Gute Form” e um grupo de designers forma-se com esse nome. Estes designers promoviam um design altamente funcional, que preenchia requerimentos ergonômicos e físicos, onde o cuidado com o design devia ir até o último detalhe, mas sempre sob uma linha de design harmonioso e simples, um design inteligente baseado na tecnologia inovadora e as necessidades de uso. Para eles um "bom design" devia ter validez e durabilidade, com peças que possam ser substituídas. Antes de ser diretor da HfG Dieter Rams já desenhava para a Braun a partir de 1955.
Por este motivo a HfG esteve estreitamente relacionada com o movimento da "Gute Form" ou do "Bom Design" e ambas promoveram uma grande inovação no Design da segunda metade do século XX. O movimento "Gute Form" por exemplo, defendia um design que não fosse descartável, que desse aos produtos uma duração de muitas décadas, como os eletrodomésticos Braun, conhecidos pela sua elevadíssima qualidade e durabilidade. Valorizaram também uma adequada relação com o meio ambiente, a perfeita adaptabilidade ao corpo humano e á precisão das funções práticas do produto.
Actividade nº7 - Publicação no blog pessoal até 3/Jan
1. Que movimento submete exclusivamente à sua função operativa?
2. Quando, onde e por quem foi fundada a Escola de Ulm?
3. Quais os princípios da Escola de Ulm?
4. Quem foi o autor da afirmação: “A casa é uma máquina para habitar.”
5. Que critérios eram usados para a produção de objetos no funcionalismo?
6. Que critérios defendia o movimento "Gute Form"?
AULA 8
8. Modernismo / Pós-Modernismo
Fontes: https://entrelinhadesign.wordpress.com/2011/08/25/modernismo-x-pos-modernismo-design-contemporaneo/
Modernismo
Na década de 60, surge o modernismo, que utilizava em suas composições o chamado grid system (sistema de grelha), no qual tudo era estruturado respeitando-se as várias linhas de construção. Qualquer tipo de linha cursiva era desprezada em prol das linhas retas e geométricas. Assim, as tipografias manuscritas e serifadas deram lugar aos tipos de máxima legibilidade e uniformidade de traço. Por esse motivo, a tipografia Helvética foi intensamente utilizada nesse período.
Pós-Modernismo
Entre as décadas de 60 e 70, surge uma nova corrente de artistas gráficos para contestar e se opor à concepção do modernismo. O novo movimento ganhou o nome de pós-modernismo, cujo foco era a desestabilização da ordem em favor da anarquia, do caos, da emoção. A mistura de elementos de todos os tipos e épocas era permitida e incentivada. A geometrização das formas e as grids de composição eram, para esses artistas, um símbolo de repressão e banalização visual.
Características
Modernismo
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Produção em larga escala
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Evolução dos transportes
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Revolução industrial
Pós-modernismo
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3ª Revolução Industrial (Informática, Nanotecnologia e Biotecnologia)
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Novas concepções sobre espaço/tempo
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Relações fluídas / efémeras / voláteis
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Imagem e consumo estão associados
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Fragmentação do discurso e do indivíduo
-
Hiper-realidade: realidade imediata captada através de imagens e sinais provenientes dos media.
Conclusão sobre o pós-modernismo
Fontes: http://www.coladaweb.com/literatura/pos-modernismo
O ambiente pós-moderno significa simulação, ele não nos informa sobre o mundo, ele o refaz à sua maneira, hiper-realizam o mundo, o transformando-o num espetáculo.
O pós-modernismo é tudo o que se refere ao novo foi quando ocorreu a total mudança, ou melhor, uma mudança geral, em quase todos os aspectos, desde as artes até às ciências.
Ele é individualista, liberto de crenças, medos, preconceitos, pelo contrario, foi uma fase de se colocar idéias e pensamentos livres de objeções.
Com isso o pós-modernismo invadiu o mundo dos indivíduos, através da media, da tecnologia, da eletrónica, enfim das informações em massa, levando e seduzindo o individuo ao um consumo frenético.
Ele encarna vários estilos de vida e de filosofia, mas com a total ausência de valores, mas por outro lado o pós-modernismo tem a participação do público, é de fácil compreensão e vivencia o real, o presente, o aqui e o agora.
O pós-modernismo é indefinível, mas é sensível, liberto, e ao mesmo tempo integrado, e aceite pela massa, devido à sua “simplicidade” e facilidade de expor o seu significado.
design contemporâneo
A partir da década de 1980, com a saturação dos trabalhos pós-modernos, surge a tendência da mistura do modernismo e do pós-modernismo.
O que antes era totalmente abandonado (racionalismo modernista), agora era reinventado com um viés pós-moderno. O novo desafio é inovar com o que já é conhecido.
Portanto, o híbrido – a integração de formas geométricas com formas orgânicas, da simplicidade com o caos – torna-se terreno fértil e instiga a experimentação. O uso dos grids de composição são utilizados com mais flexibilidade. A ideia de duas ou mais coisas acontecendo ao mesmo tempo é recorrente no design atual. Por isso o extenso uso de técnicas de sobreposições e transparências.
Actividade nº8 - Publicação no blog pessoal até 6/Jan
1. Em que anos (décadas) surgiram o Modernismo e o Pós-modernismo?
2. De onde surgiu o Grid System (sistema de grelhas)? Em que é que consistia este sistema?
3. Qual a tipografia usada no Modernismo?
4. Qual foi a principal razão para o surgimento do Pós-modernismo?
5. Em que se baseava o Pós-modernismo?
6. Indique as características do Pós-modernismo.
7. Indique as características do Modernismo.
8. Comente a afirmação: "O ambiente pós-moderno significa simulação".
9. Qual a razão do aparecimento do design contemporâneo?
10. Qual a importância do híbrido no design contemporâneo?
11. No design contemporâneo existe um extenso uso de técnicas de sobreposições e transparências. Explique porquê.
AULA 9
9. Princípios e factores que caracterizam os objectos
Fontes: https://prezi.com/sakikdmg9cvz/copy-of-teoria-do-design/
A natureza dos objectos
Definimos os objectos, arquitetura e produtos com base em modelos.
O termo instrucionais referem-se a qualquer produto que pode ser praticado de forma independente.
Os objectos instrucionais podem incluir ambientes com problemas, modelos interactivos, problemas, módulos de funções, rotinas modulares para melhoramentos.
Objecto, função e valor
- Os objectos são criados para desempenhar funções
- O valor do objecto é determinado pelas suas funções práticas, estéticas e simbólicas
Famílias de objectos
Quando os objectos têm a mesma função, podemos dizer que são da mesma família.
Todos este objectos têm a função de conservar bebidas, por isso são considerados objectos da mesma família.
Factores humanos, económicos e ambientais
"Factores humanos"
Factor humano é uma propriedade física ou cognitiva de um comportamento individual ou social específica para o ser humano, que podem influenciar o funcionamento de sistemas tecnológicos.
Neste caso a ergonomia e os factores humanos são sinónimos.
"Factores económicos"
- A procura de novos mercados foi para amenizar a crise económica ocorrida entre 1873 e 1896
- Esse novo colonialismo esta mais centrado no capitalismo industrial e financeiro.
- A saída encontrada seria a conquista de mercados (Africa e Asia) para o escoamento dos produtos industrializados europeus.
- Ao mesmo tempo procurava-se nesses mercados as matérias-primas para abastecer as produções da industria.
"Factores ambientais"
Actualmente acredita-se que grande parte dos problemas ambientais causados, entre outros factores, pelo design convencional e pela indústria, que não se preocupavam com os riscos e impactos ambientais ao produzir bens e serviços.
O design sustentável é uma forma de reduzir, ou eliminar esses impactos e manter a qualidade de vida, substituindo produtos e processos por outros menos nocivos ao ambiente.
Actividade nº9 - Publicação no blog pessoal até 10/Jan
1. Quais os factores e princípios que caracterizam os objectos?
2. Qual o objectivo principal quando se cria um objecto?
3. Indique por que razões são determinados os valores dos objectos?
4. O que entende por família de objectos? Apresente um exemplo com recurso a uma imagem.
5. Explique, por suas palavras, o que entende por factores económicos, humanos e ambientais dos objectos.
AULA 10
10. Design
Fontes: https://prezi.com/sakikdmg9cvz/copy-of-teoria-do-design/
Noção de design
O design é a criação de um projecto para a resolução de um problema da sociedade.
O design é uma designação incómoda mas necessária. Incómoda porque é estrangeira e porque está demasiado associada a uma certa imagem de moda, mas é necessária porque substitui conceitos pomposos e decadentes de “engenharias” e “arquitecturas” e reabilita todas as formas de intervenção da inteligência do engenho dos homens para a “resolução de problemas”.
A palavra design será, certamente no futuro, um dos símbolos da nossa época.
O design foi inventando por um designer que é um projectista dotado de sentido estético que trabalha para a comunidade. Um designer não trabalha sozinho, mas sim em grupo. Ou seja, reúne um grupo de trabalho segundo o problema que deve resolver. Não trabalha para uma elite (ainda hoje a produção industrial tente transformar o seu trabalho num estilista) mas procura produzir da melhor maneira mesmo os objectos mais comuns e de grande consumo.
Domínios do Design
O designer define controlos para acções e fluxos para a execução de tarefas que abrangem actividades e adaptação de acordo com o comportamento do utilizador.
Os utilizadores e o sistema estão dentro de caixas pretas porque não compete ao design defini-los.
Critérios de avaliação do design
Há várias formas de avaliar o design, mas as mais conhecidas são:
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Adaptabilidade - Este critério apresenta o produto correspondente às necessidades das pessoas, apesar das diferenças sociais e culturais
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Responsabilidade - Este critério corresponde à segurança de utilização do produto e ao menor impacto ambiental possível
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Coerência - Este critério está relacionada com a apresentação adequada da tecnologia, cor, materiais e todos os componentes relacionados com o processo e fabricação e distribuição
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Imagem - Este critério avalia os produtos quanto à sua interpretação facilitada e ao seu incentivo da satisfação emocional do utilizador.
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Inovação - Este critério verifica a melhoria notável dos objectos, serviços, processos, tecnologias ou formas de organização relacionadas com a concepção dos produtos.
Metodologia Projectual
A metodologia projectual consiste na planificação, organização e realização de uma tarefa.
Embora esteja bastante associada ao projecto de design e aos métodos que podem ser desenvolvidos nas diversas áreas de resolução de um problema.
A metodologia projectual são as fases de preparação do projecto até ao seu final, por outras palavras, é a sequência de passos a partir da definição do problema até à solução final.
Actividade nº10 - Publicação no blog pessoal até 13/Jan
1. Defina design.
2. Um designer trabalha sozinho? Explique a sua resposta.
3. Quais são as funções de um designer?
4. Quais são os critérios de avaliação do design?
5. Explique, por palavras suas, porque é que a adaptabilidade é uma forma de avaliar o design?
6. O que entende por metodologia projectual?
TRABALHO DE AVALIAÇÃO FINAL
Objetivo do trabalho:
Tendo como procedimento o Método Projetual, deverá criar uma Embalagem para conter 6 ovos de galinha. A Embalagem deverá ter em consideração os seguintes factores:
- Os ovos são biológicos;
- O material que poderá ser usado é madeira e seus derivados;
- A embalagem deverá ser de baixo custo;
- É para ser usada para o armazenamento e venda em Lojas de produtos biológicos e/ou de produtos gourmet;
O rótulo deverá corresponder à imagem do produto e a tudo o que estará associado.
Deverá ser apresentada uma memória descritiva incluída no Relatório da atividade de avaliação.
RELATÓRIO DE ACTIVIDADE
Estruturação do problema
1. Definição do problema
1.1 Qual o objectivo do projecto
1.2 Para que se destina
1.3 A quem se destina
2. Recolha de dados
2.1 Soluções existentes
DATA DE ENTREGA E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
24 de janeiro 2017